sexta-feira, 9 de outubro de 2009

PARAPSICOLOGIA



É a ciência que tem por objeto, a comprovação e a análise dos fenômenos paranormais, à primeira vista inexplicáveis, que apresentam, porém a possibilidade de serem resultados das faculdades humanas. Embora a Parapsicologia, como ciência, tenha sido reconhecida há muito pouco tempo, os fenômenos ditos paranormais vêm nos acompanhando desde os primeiros tempos da história do homem.
O que a parapsicologia tem com a psicanálise ? Freud vivem numa época em que o ocultismo se confundia com o fenômeno que hoje conhecemos como metapsíquicos ou paranormais. A psicanálise não podia portanto se envolver naquelas cogitações, uma vez que o ocultismo fugia da base dos fatos objetivos resultantes do inconsciente. Além disso, Freud era racionalista e só admitia aquilo que pudesse explicar através da razão. Por outro lado acahava que o aviso telepático em nada vinha alterar a produção do sonho, pois a “telepatia nata tem haver com a essência do sonho, dizia ele”. Inicialmente com Charcot com a hipnose e posteriormente sobre a influência de Ferenczi e Jung disse que “aceitar a telepatia era um passo de grandes conseqüências” e “Na transmissão do pensamento, uma mensagem verbal se transforma em uma onda ou raio de natureza inteiramente desconhecida, tal como ocorre em uma comunicação telefônica ou telegráfica e que, so ser recebida, é convertida em termos psíquicos. Na telepatia espontânea o que se verifica é um íntimo laço emocional entre duas pessoas de tal modo que se algo ocorrer com ‘A’, imediatamente ‘B’ perceberá o que se passa com ‘A’.” Porém esclarecemos que PARAPSICOLOGIA NÃO É PSICANÁLISE logo não faremos uma abordagem pela ótica da psicanálise e sim pelo viés da parapsicologia.
A divulgação das explicações científicas dos fenômenos parapsicológicos traz ao campo da ciência o que até agora se encontrava no terreno da superstição. Estabelece as verdadeiras dimensões da realidade. Evita os perigos e consequências negativas das interpretações erradas.
É a Psicologia a primera a receber contribuições preciosas da Parapsicologia. Desejos, revoltas inconscientes, ou mais ainda, o próprio inconsciente que vai se revelando através de todos estes fenômenos. A Parapsicologia nos tem ensinado que o consciente não é mais do que uma pequena camada de reduzida espessura que recobre um oceano.
O terreno da Psicopatologia é campo ainda pouco explorado. E os fenômenos parapsicológicos nos revelam grande parte dessa área oculta do homem. Por isso os que enfrentam as duras realidades das limitações médicas, neste vasto setor que envolve uma parte tão grande das doenças da espécie humana, apreciariam a necessidade de uma investigação cuidadosa do problema.
Muitos fenômenos classificados pelos católicos como místicos. E como do além por algumas doutrinas, são perfeitamente idênticos entre sí. (e idênticos aos surgidos em muitos outros ambientes: demonológicos, lamismo, tibetano, espírita, ufos, yoga, hindú, etc...). Na realidade trata-se de fenômenos puramente parapsicológicos de todas as épocas e de todos os povos, fenômenos humanos, embora interpretados de maneira completamente diferente segundo as diversas concepções das várias civilizações e culturas. Fenômenos autenticados com provas válidas de verdade históricas.
Outro aspecto da importância da Parapsicologia é o estudo do Milagre. A ninguém escapa a importância científica, social e pastoral que a Parapsicologia pode alcançar do estudo do Milagre. Dado que os milagres têm um aspecto histórico e fenomenológico, em nosso mundo, também é objeto de estudo da Parapsicologia, que precede ao estudo da Teologia.
Mas, através dos tempos, tais fenômenos vêm recebendo interpretações características de cada época e de cada povo, muitas vezes atribuindo fatos, facilmente explicáveis pela ciência atual, à obra de deuses ou ainda taxando de sobrenatural sem se preocupar com maiores explicações. Até hoje há quem prefira simplesmente negar a existência de fenômenos que pareçam um tanto estranho e agir como um cego que não percebe evidências que acontecem ao seu redor.
Porém, desde o século passado, algumas pessoas começaram a se interessar por estes fenômenos que aparentemente não se enquadram dentro da lógica a que estamos acostumados. Procuraram estudá-los sem dar uma interpretação mitológica, mas aceitando sua existência como fatos reais e investigando as suas origens e ocorrências.
Por ser uma ciência relativamente nova, a Parapsicologia está sujeita a controvérsias, e dentro do próprio grupo de países onde é reconhecida como ciência, pode ser dividida em vários ramos de acordo com as interpretações dadas a cada tipo de fenômeno. A Parapsicologia, porém deve estudar imparcialmente a ocorrência dos casos paranormais, sem qualquer interpretação preconceituosa.

2- A HISTÓRIA DA PARAPSICOLOGIA.
A investigação dos “fenômenos ocultos”, tem suas origens há muitos séculos atrás. Há indícios que os antigos iniciados da Índia chegaram a estudos avançados, que foram transmitidos da Caldéia e do Egito. Estes ensinamentos eram guardados com sigilo rigorosíssimo, sendo que os próprios realizadores dos prodígios desconheciam explicações mais profundas e atribuíam suas capacidades a forças extraterrestres.
Poucos eram os interessados nas verdadeiras explicações, mesmo porque a ciência ignorava tais magias. Apenas estudiosos isolados, os ocultistas Basílio, Valentino, Paracelso, Avicena e Agripa se destacaram. Os interessados foram ainda mais reprimidos durante vários séculos, pelo risco de serem considerados bruxos e serem levados à fogueira.
A explicação dos fenômenos misteriosos sempre foi uma preocupação da huimanidade. De um lado, encontramos as explicações supersticiosas que vão atribuir tais fenômenos ao sobrenatural (Demônios, fadas, espíritos de mortos, etc); por outro lado encontram-se aqueles que estudam cientificamente tais fenômenos; este último é o campo de estudo da Parapsicologia.
Charles Richet, em 1905, introduziu a denominação de Metapsíquica ao estudo dos fenômenos misteriosos. Dividiu a história da Metapsíquica em quatro períodos. O primeiro período inicia-se com a própria humanidade e termina com Mesmer (1778): é o período mítico.O segundo período é o magnético, que vai desde Mesmer até as primeiras manifestações espíritas das irmãs Fox (1847). O terceiro é o período espiritista: estende-se desde as irmãs Fox até Willian Crookes (1847-1870). Finalmente o quarto e último período seria o período cientifico, que se iniciou com Willian Crookes (em 1870) e se estende até a época atual.
Em 1870, um químico de grande projeção, Willian Crookes publicou o resultado das observações feitas durante anos com as irmãs Fox e Daniel Dunglas Home. São as primeiras pesquisas sistemáticas com finalidade ciêntifica sobre os fenômenos do espiritismo moderno, embora como não podia deixar de ser, com muitas falhas, tratando-se de um campo novo e difícil.
Em 1882, abalizados investigadores fundaram a Society for Phychical Research (Sociedade de Pesquisas Psíquicas) em Londres. Em breve surgiu uma filial com o nome nos Estados Unidos. No decorrer dos anos, em vários países surgiram sociedades semelhantes.
O termo parapsicologia, ao que tudo indica, foi usado pela primeira vez por Max Dessoir em 1889, sendo Jules Bois, o principal popularizador do termo.
No começo deste século, investigações universitárias foram feitas na Universidade de Stanford e Harvard. Em 1935, constituiu-se o primeiro laboratório de Parapsicologia na Universidade de Duke dirigido por J.B. Rhine.
Em 1953, a Parapsicologia foi reconhecida oficialmente como ciência no Congresso Internacional de Parapsicologia, organizado pela Foundation International of Parapsichology pela Universidade de Utrecht, Holanda. Nessa mesma data e Universidade, surge a primeira Cátedra de Parapsicologia. Posteriormente, multiplicaram-se em várias Universidades e Países as disciplinas de Parapsicologia.
Hoje, nos países da ex-cortina de ferro, a Parapsicologia é considerada ciência oficial com aspectos profissionais práticos. Nos Estados Unidos, em dezembro de 1969, ela foi considerada uma disciplina científica pela American Association for the Advancement of Science - AAAS, o que eqüivale ao seu reconhecimento e introdução nos domínios da ciência oficial.
Finalizando, a denominação Parapsicólogo se refere ao pesquisador de fenômenos parapsicológicos, e não ao ser humano que os produz (metagnomo, dotado, médium, etc).

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